Testemunhos poderão servir para comprovar embriaguez ao volante

08/03/2012 - 13h17 - Comissões - Segurança Pública

Juristas devem propor que testemunhos sirvam para comprovar embriaguez ao volante

O procurador regional da República Luiz Carlos Gonçalves adiantou aos senadores da Subcomissão Permanente de Segurança Pública, nesta quinta-feira (8), que o anteprojeto do novo Código Penal deve prever a possibilidade de testemunhas comprovarem a embriaguez de um motorista ao volante no caso de acidentes de trânsito com ou sem vítimas fatais.

O procurador, que é relator da comissão especial de juristas encarregada de preparar proposta de reforma do Código Penal (Decreto-Lei 2.848/1940), informou que a ampliação dos meios de prova nesses casos já está no texto do anteprojeto, mas ainda vai passar por votação.

Segundo o procurador, quando alguém cometer um crime de trânsito e houver suspeita de embriaguez, a prova poderá ser feita por qualquer meio admitido pelo direito, inclusive por testemunhos de particulares, de agentes de trânsito e da própria vítima, restando ao acusado o direito de se submeter a bafômetro ou a exame de sangue para demonstrar que não ingeriu álcool.

– Com isso, o bafômetro e o exame de sangue, que hoje atentam contra o direito do cidadão de não fornecer prova contra sim mesmo, vão virar instrumentos de defesa – explicou.

O procurador, foi um dos convidados da audiência realizada pela Subcomissão Permanente de Segurança Pública para debater a reforma do Código Penal, lembrou que o tema está no cotidiano das pessoas e, por isso, atrai muito interesse.

– A Comissão especial tem se pautado pela transparência e franqueza para discutir questões polêmicas, e os crimes de trânsito estão entre eles – opinou.

O procurador afirmou, ainda, não ter a ilusão de que a mera mudança na lei seja capaz de alterar totalmente uma realidade. Mas, para ele, “pôr ordem num sistema caótico é necessário, visto que a desordem em nada contribui para um estado democrático”.

 

Anderson Vieira - Agência Senado

 

Notícias

Herança digital: Entre senhas perdidas e memórias disputadas

Herança digital: Entre senhas perdidas e memórias disputadas Andrey Guimarães Duarte Herança digital exige testamento e orientação jurídica, diante da ausência de lei específica para criptoativos, redes sociais e memórias pessoais. terça-feira, 1 de julho de 2025 - Atualizado em 30 de junho de...

Cobrança de IPTU em imóveis com multipropriedade: alternativas legais e práticas

Opinião Cobrança de IPTU em imóveis com multipropriedade: alternativas legais e práticas Sâmia Ali Salman Axl Wesley Menin Miucci 22 de junho de 2025, 7h04 Uma solução possível seria permitir que o condomínio, responsável pela administração do empreendimento, assuma a responsabilidade tributária...

Ação com penhora no rosto dos autos não trata de questões sobre o crédito

COISAS SEPARADAS Ação com penhora no rosto dos autos não trata de questões sobre o crédito Rafa Santos 20 de junho de 2025, 7h26 Na mesma decisão, o juiz também negou pedido de suspensão do processo e homologou a arrematação do imóvel e a expedição de carta de arrematação e mandado de imissão na...